O termo Gestão Escolar sempre esteve ligado ao papel que o diretor deve desempenhar na escola, sendo considerado um bom gestor aquele que dinamiza a escola, para buscar novos caminhos, para motivar todos os envolvidos no processo. Mas, alguns conceitos educacionais vem se transformando, à medida que a sociedade exige novas posturas, concepções e formas de agir diante do momento histórico. Pode-se dizer que a abertura política nos últimos vinte anos mudou significativamente o quadro da educação brasileira, mas infelizmente esta alteração é muito lenta.
O papel de gestor passou a ter importância em todos os segmentos da educação. Com um conceito mais amplo, a gestão escolar passa a fazer parte das atitudes de todos que atuam com a educação. Cada educador tem um papel importante a desempenhar junto ao aluno, suas relações pessoais, interpessoais estão concebidas dentro do conceito democrático de Gestão Escolar.
Tem-se observado profissionais que atuam na educação pública com os mais diversos modos de ser, de pensar, de agir, com idéias tão particulares, tão arraigadas em sua postura pedagógica, que não abrem mão daquilo que acreditam ser a melhor forma de dar aulas. Este é o conceito mais veiculado em nosso meio: dar aulas. E o que é dar aulas, senão uma concepção de educação onde o educador é o único detentor do conhecimento, soberano na sala de aula, pois acredita que se o aluno conversar ou se mexer na carteira, não irá aprender. Aos berros, solicita atenção à turma, para que, em sua visão tradicional, haja a aprendizagem. Não permite que os alunos se expressem, pois o que importa é memorizem o conteúdo da aula. Este é apenas um dos tipos comuns de profissionais da escola pública onde a gestão é autoritária.
Há aqueles que procuram trabalhar democraticamente, possibilitando a participação do aluno no processo de aprendizagem, com atividades metodológicas e recursos tecnológicos variados, existindo uma abertura para que o espaço de sala de aula seja interativo, que leve a construção do conhecimento, de forma interdisciplinar e contextualizada, observando o cotidiano do aluno e a comunidade em que está inserido. Estas situações de aprendizagem que partem de situações problemas, vividos pelo educando em seus contextos, numa perspectiva histórico-crítica, são os desejos que se almejam em termos educacionais, estimulando no aluno o interesse em aprender, ou pelo menos, motivando-o para o processo de construção do pensamento, com o foco na prática social.
Diante deste quadro, foi realizada uma pesquisa de opinião, por amostragem aleatória, com o objetivo de levantar pontos fracos e fortes de uma escola pública do Estado do Paraná. Inicialmente foi discutido sobre a formação da escola pública e as várias concepções de ensino com os alunos da 1ª série do Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, na Modalidade Normal. Os alunos se interessaram em pesquisar a opinião da comunidade escolar. A pesquisa foi realizada com alunos, professores e funcionários do Ensino Fundamental de 5ª a 8ª série.
Serão relatados literalmente, a seguir, o que foi considerado pontos fortes da escola objeto de pesquisa: a localização central, o porte grande da escola, isto é, são aproximadamente 1400 alunos, com mais de cem professores e 23 funcionários. A escola apresenta uma ótima estrutura física, pois a mesma foi totalmente reformada; possui dois laboratórios de informática, laboratório de Ciências/Biologia, laboratório de Química/Física, anfiteatro com capacidade para cem pessoas, biblioteca ampla, uma quadra coberta e duas externas. Existe na escola um clima de amizade, com pouca violência, em relação ao que se ouve das demais escolas e na mídia. O colégio abriga uma diversidade de alunos e professores, oriundos de diferentes estados brasileiros, de diferentes classes sociais e econômicas. Com uma direção democrática, aberta ao diálogo, os alunos se sentem acolhidos na escola, pois os professores procuram ensinar bem e estabelecer uma boa relação com os mesmos, existindo, por parte de todos os envolvidos no colégio, uma preocupação com a qualidade do ensino.
O colégio oferta Ensino Fundamental (5ª a 8ª série), o Ensino Médio e o Curso Normal (Integrado e com Aproveitamento de Estudos) e tem parcerias com instituições da cidade, tais como faculdades, Secretaria Municipal de Educação e Indústrias, entre outras.
No levantamento dos pontos fracos foram citados, de acordo com amostragem dos alunos do Ensino Fundamental, os seguintes aspectos, descritos textualmente: desrespeito aos professores, falta de liberdade no modo de se vestir (uma aluna entrevistada acredita que a pessoa deve ter seu próprio estilo de vestir, de se maquiar etc), de segurança (houve um caso de invasão de alunos de outra escola), o lanche é pouco variado; falta atividade extra-classe; necessidade de espelho nos banheiros; falta de educação dos funcionários com os alunos, professores “pegam no pé do aluno”; falta variar os recursos tecnológicos na sala de aula; falta respeito entre alunos; tem professor que não explica e/ou não dá conteúdo na aula; o ensino é considerado fraco, além de briga e bagunça no colégio.
Para os funcionários, o problema é o desrespeito dos alunos com eles, acontece de funcionário ficar dando palpite no trabalho dos colegas. Segundo a opinião de funcionários e alunos os banheiros são considerados sujos e há falta de ventiladores e interruptores nas salas de aula.
Para os professores e funcionários, o problema é a indisciplina dos alunos e a falta de envolvimento da família com o aluno.
Para os professores falta interesse dos alunos no estudo, os alunos se atrasam para as aulas, brincam durante as mesmas, a falta de professores desorganiza a escola, falta de organização pedagógica, tem algumas salas numerosas e o barulho na quadra.
Estas questões levam a reflexão e analise, pois apesar dos pontos fortes que a escola possui, é necessário ajustes para resolver alguns pontos fracos, segundo esta amostragem de opinião, levantada pelos alunos pesquisadores, o principal foco é a sala de aula.
Habilidades e Competências em gestão da sala de aula têm sido identificadas como capazes de reduzir problemas disciplinares, garantindo melhor desempenho acadêmico.
Habilidades em gestão de sala de aula:
Refere-se mais propriamente à forma como o professor conduz sua sala de aula ao alcance dos seus objetivos.
Exige características pessoais que deverão ser desenvolvidas. Se posicionar como líder. Ser capaz de projetar valores institucionais.
Exige mais da capacidade do sujeito para lidar com pessoas em diferentes situações.
Competências em gestão de sala de aula:
Dependem de muito estudo, leitura e treinamento. Vai desde o saber conceitual até aquele aplicado.
É a capacidade de aplicar conhecimentos e domina-los, na execução de alguma atividade em sala de aula.
Exige capacidade técnica e eficiência profissional e docente, organizando a estratégia de seu alcance.
(ANINGER, 2005, p.20)
O desenvolvimento das habilidades e competências do professor em sala de aula pode resolver grande parte dos pontos fracos levantados pela pesquisa. A postura pedagógica do professor pode levar o aluno a se concentrar nas atividades propostas, participando do processo educacional ou às situações de indisciplina; principalmente quando o método utilizado é só o expositivo e de memorização. A variedade de recursos metodológicos e tecnológicos é um ótimo caminho para envolver o aluno no processo de construção do conhecimento.
Em entrevista com os professores do Curso Normal, desta instituição, 28% utilizam aulas expositivas e 72% variam as atividades em grupo, entre estes, 32% dos professores se consideram tradicionais, 16% tecnicistas e nas linhas pedagógicas mais democráticas tem-se um índice de 40% que se consideram na Pedagogia Histórico-Crítica e 12% nas demais tendências.
Vemos por aí, muitos professores perplexos, angustiados e pensando até mesmo em desistir da profissão, pois além dos baixos salários, do desprestígio social, ainda “têm que agüentar desaforos e desrespeito dos alunos” em sala de aula, e que os mesmos “não querem nada com nada”. [...] Hoje em dia, as escolas não podem abrir mão de sua responsabilidade quanto à disciplina que, realmente é um problema bastante complexo, pois envolve a formação e consciência do sujeito, de caráter e da cidadania. [2]
Os valores institucionais, previstos no projeto político-pedagógico da escola, no contrato pedagógico escrito no início do ano, devem ser incorporados por todos, afinal foi escrito pelo grupo de profissionais que atuam na escola, discutidos com os alunos no início do período letivo. São valores de respeito e liberdade, ao aprender, ao ensinar, a atuar como cidadão dentro e fora da escola. Também cabe ao adulto ter paciência com o aluno, dando exemplo de respeito, dignidade, sendo educado para com todos, aos poucos, os alunos, adolescentes, vão percebendo que estão sendo tratados com dignidade e que cabe a ele respeitar a todos os funcionários, educadores e pessoas da comunidade escolar.
A indisciplina pode ser corrigida de várias maneiras, algumas delas são:
·Por parte do professor: domínio de sala, diálogo (deixando o aluno falar, compartilhar suas idéias, já favorece muito).
No entanto, não dá para resolver tudo no coletivo. Há que se estar atento aos alunos mais frágeis, que escapam à coletividade.
·Por parte dos alunos: participação consciente e interativa, respeito.
·Por parte da família: não acobertar os erros dos filhos, estabelecer limites, acompanhar seus filhos na escola.[3]
Os próprios alunos reconhecem seus erros e os dos colegas, refletindo na Gestão Escolar situações que precisam ser repensadas por todos. É visível o linguajar de alguns alunos, repleto de palavrões, termos pejorativos, próprio de sua casa, de sua comunidade e cabe ao adulto, educador (Funcionário e Professor) da escola dar o exemplo, para que aos poucos aprendam a ter uma linguagem apropriada a sua idade e nível de aprendizagem.
A liderança em escola pública é fundamental, os alunos precisam perceber que vivemos em uma democracia, que pressupõem direitos e deveres. Quanto mais livres somos, mais deveres temos com o próximo. A escola poderia estar sempre, promovendo reuniões, discutindo alternativas para problemas que vão surgindo no seu cotidiano, oferecendo um espaço para construção coletiva de alternativas positivas e viáveis que deram certo em outras instituições, socializando com todos e acordando atitudes comuns dentro da instituição. Desta forma estariam formando um senso comum de formas de agir diante das ocorrências comuns na escola, assumindo uma postura ética e empreendedora no trabalho se desenvolverá de forma cooperativa e possibilitando atitudes de mudança na prática social.
A formação de grupos de estudos, no interior da escola, nas horas-atividades tem um resultado fabuloso; se bem organizadas, com o compromisso de todos participarem, inclusive convidando representantes de alunos com este interesse, seus pais, entre outras pessoas da comunidade. Poderiam ser organizados grupos pequenos, mais eficientes, com temas diferentes entre os grupos. Suas pesquisas poderiam ser expostas nos murais da escola, na página da escola na internet. As escolas, de um modo geral, reclamam da pouca participação dos pais, mas o que elas estão oferecendo para eles estarem na escola? Este é um ponto chave nesta questão. A participação de um grupo de estudos seria uma ótima opção, além de proporcionar momentos de reflexão aos professores, pais e alunos, sobre a postura pedagógica do conjunto da instituição, seus valores na relação professor-aluno-pais etc.
Um ponto crucial, que só depende do professor, é a sua formação, ou seja, a capacidade de aplicar conhecimentos e dominá-los, na execução das atividades em sala de aula, pois o aluno percebe claramente quando o professor não domina aquele tema que está sendo trabalhado, quando este se perde no esclarecimento das dúvidas, perde também o respeito do aluno. O professor deve procurar ajuda quando não domina completamente o tema que trabalhará em sala de aula, procurar o coordenador pedagógico, um professor mais experiente que tenha capacidade técnica, conhecimento profissional, para orientar na organização de metodologias que levem a apropriação do saber veiculado na escola.
Ser professor, não é ser mero repetidor de conteúdo, mas utilizá-lo para o crescimento não só intelectual do educando, mas levá-lo à reflexão dos valores da nossa sociedade, sempre considerando a ética, preparando-o para a sociedade que necessita de homens aptos a sempre aprender, e este professor percebe que a escola não é o fim, mas o início da aprendizagem”. Ser bom professor é ser “educado”.[4]
Quando a aula passa a ser interessante e estimulante para o aluno, ele vai percebendo o alcance de cada tema proposto, relacionando com o seu cotidiano, abrindo perspectivas para novas descobertas, abre-se, então, um leque de interesses para o aluno pesquisar. Desta forma, resolve-se grande parte dos problemas levantados na pesquisa, seja em relação à disciplina, a relação professor-aluno, aluno-funcionário. Pode-se dizer que o pedagógico é chave de tudo, se esta organização for otimizada, os demais setores da escola o serão. Como afirma Aninger, 2005 resolve-se os problemas de gestão de conteúdos e de conflitos, pois a gestão do conteúdo refere-se ao gerenciamento do espaço, materiais, equipamentos e recursos utilizados; já a gestão de conflitos refere-se ao gerenciamento dos problemas disciplinares, dentro e fora da sala de aula, tanto por parte do aluno como do professor e funcionários, a postura comportamental e suas relações inter e intrapessoal.
Uma escola que fomenta redes de aprendizagem, entre professores das mesmas áreas, e, principalmente, entre alunos; que aprendem com os pares. O aluno aprende com o colega, o mais experiente ajuda ao que tem mais dificuldades. (MORAN, 2007)
A escola é um espaço da diversidade, cabe aos educadores gerenciar esta riqueza de idéias, de modos de ver e viver no mundo. A escola pública será de qualidade quando proporcionar ao aluno a formação cidadã, quando trabalhar em rede e incorporar os valores da democracia, da liberdade, do respeito ao outro e à natureza, afinal formamos cidadãos para o mundo. Líderes com poderes de argumentação, de equilíbrio emocional, com visão de trabalho cooperativo para um mundo ecologicamente correto.
REFERENCIAL:
1.ANINGER, Laila. A gestão da sala de aula. In: ABC Educatio. São Paulo, Criarp, abr, 2005, n. 44, p. 20-21.
2.BERGEL, Neusi Aparecida Navas. A metodologia da problematização no ensino superior e sua contribuição para o plano da práxis. In: REVISTA SEMINA. UEL. nov, 1996, v. 17, p. 7-11.
4.FRIGOTTO, Gaudêncio. O enfoque da dialética materialista histórica na pesquisa social. In: FAZENDA, Ivani (org). Metodologia da pesquisa social. São Paulo: Cortez, 2002. p.70-90.
5.LIBÂNEO, José Carlos. Organização e gestão da escola: teoria e prática. Goiânia: Ed. Alternativa, 2004. p. 9-26.
RELATO DA PESQUISA SOBRE OS PONTOS FORTES E FRACOS DO COLÉGIO ESTADUAL WOLFF KLABIN TELÊMACO BORBA/PR
Em 18 de abril de 2007, iniciou-se a aplicação da metodologia da problematização do ensino, com os alunos da 1ª série – integrado, da disciplina de Prática de Ensino do Curso de Formação de Docentes, com uma breve apresentação de charges sobre a formação da escola brasileira, discutindo situações da escola tradicional, escola tecnicista, assim como uma proposta de uma visão mais aberta da educação, com posturas críticas e transformadoras da sociedade.
Após várias discussões e reflexões sobre o tema, os alunos levantaram os pontos fortes e fracos do colégio, onde foram destacados alguns problemas. Segundo o ponto de vista da turma 1º NA1, tais como gazear aulas, devido a aulas chatas; professor que não sabe explicar, que não se relaciona bem com os alunos, que cobra muito e explica pouco; o aluno já conhece o discurso sobre gazear aula (então não se preocupa). Falta atividade extra-classe na escola, por que faltam momentos para conversa entre alunos e professores; faltam festas juninas, com gincanas, danças; momentos coletivos com todos os alunos diariamente; projetos de atividades coletivas (com outras turmas), para leituras; como gincana da matemática, para desenvolver as relações interpessoais; viagens/acampamentos; premiação para turmas. Outro problema levantado é o fato de professor que fica comparando os alunos do Ensino Médio com Curso Normal, pois os alunos acreditam que se deve falar direto com quem precisa ouvir.
À medida que os alunos se expressavam, fomos organizando os registros no quadro de giz, logo a seguir, apresentou-se a proposta de levantar-se a opinião de pessoas que estavam presentes na escola, no período da tarde, sobre os problemas e suas soluções; os pontos fortes e porque são assim considerados no colégio. No coletivo chegamos a definir o seguinte critério para a pesquisa: cada grupo de alunos anotou em seu caderno a opinião de funcionários (F), professores (P) e alunos (A).
Os 17 alunos-estagiários fizeram a pesquisa no período das 15h25min às 16h30min, incluindo o horário de recreio, onde conversaram com alunos do ensino fundamental e médio que estavam presentes na escola.
Os problemas levantados na pesquisa foram os seguintes, descritos literalmente: desrespeito aos professores, falta de liberdade no modo de se vestir, de segurança, o lanche é pouco variado; falta atividade extra-classe, precisa de espelho nos banheiros, falta de educação dos funcionários com os alunos, professores pegam no pé do aluno, falta variar os recursos tecnológicos na sala de aula, falta respeito entre alunos, tem professor que não explica e/ou não dá conteúdo na aula, a educação é considerada fraca, além de briga e bagunça na escola.
Para os funcionários o problema é o desrespeito dos alunos com funcionários, os funcionários ficam dando palpite no trabalho dos colegas. Segundo a opinião de funcionários e alunos, os banheiros são considerados sujos e há falta de ventiladores e interruptores nas salas de aula.
Para os professores e funcionários o problema é a indisciplina dos alunos e a falta de envolvimento da família com o colégio.
Entrevista com alunos do Ensino Fundamental
Para os professores: falta interesse dos alunos no estudo, os alunos se atrasam para as aulas, brincam durante as aulas, falta de professores, de organização pedagógica, são salas numerosas e o barulho na quadra.
Depois de listados os problemas, os alunos escolheram qual seria o problema que gostariam de pesquisar, ou seja, conhecer melhor o tema, compreender por que isto ocorre em nosso colégio. O tema mais votado foi indisciplina, seguido de falta de interesse dos alunos no estudo, falta de envolvimento da família com o aluno e falta de organização pedagógica. O grupo optou por estudar a indisciplina, pois ela envolve os demais temas.
Foi muito interessante, que logo após as discussões e escolha do tema mais relevante, a aluna Amanda concluiu que o tema, indisciplina, se relaciona com os demais, influenciando o comportamento dos alunos e dos professores.
Toda a atividade foi gravada, para facilitar a descrição do artigo que escreveremos posteriormente.
No dia seguinte, iniciamos as atividades de metodologia da problematização da práxis com a turma 1 ENA2, com a análise dos procedimentos para fundamentação teórica/discussões sobre os modelos básicos de escola, da história da educação brasileira. Procedemos ao estudo do roteiro da metodologia a ser empregada.
Junto com a turma discutimos sobre a nossa escola: como ela é? O que há de bom? O que precisa melhorar? O que é um problema científico (esclarecendo que o problema pode ser positivo ou negativo, a palavra problema deve ser entendida na concepção da pesquisa científica). Propomos a pesquisa de opinião com os demais alunos para levantar os seguintes aspectos:
Pontos fracos - Sugestão para melhoria
Pontos fortes - Por que considera bom
A turma estava entusiasmada, pois já havia conversado com os alunos sobre a aula no dia anterior, estavam ansiosos para iniciar a pesquisa, mas como já haviam sido levantados os pontos fracos pela turma anterior, sugerimos que este grupo se focalizasse nos pontos fortes do colégio.
Entrevista com Professor
O grupo considerou a idéia ótima. Saíram para pesquisa às 15h30min e retornaram às 16h30min. Sendo possível acompanhá-los, percebemos que esta turma estava mais animada, trouxeram mais resultados, e realmente se empenharam em anotar as respostas. Passamos o resultado de todos os pontos fortes levantados no quadro de giz, discutimos para chegarmos a um consenso sobre o tema que teria teorizado dentro da proposta.
Os grupos não quiseram abrir mão da escolha, desta forma acabamos ficando com três temas:
1. Os bons professores.
2. Muitos alunos consideram que os garotos e garotas da escola são pontos fortes do CEWK (decidimos estudar este aspecto da adolescência).
3. A educação física é muito valorizada.
Depois de formados os grupos, cada um discutiu na equipe:
• PONTOS CHAVES
Identificá-los no problema:
o Quais as suas possíveis causas?
o Quais seus possíveis determinantes contextuais?
o Quais seus componentes e seus desdobramentos?
O tempo de discussão foi de 15 minutos, ficando desta forma o trabalho dos alunos:
Tema 1: Professor - foi pesquisado por: Anabel de Souza Proença, Dayane Cordeiro, Gustavo Miguel Bittencourt e Jéssica Haiduk.
As hipóteses levantadas, a priori foram:
• Domínio da matéria de trabalho;
• Respeito aos alunos;
• Dar o exemplo;
• Respeito aos limites dos alunos;
• Quando ensina bem;
• Relação boa com os alunos fora da sala de aula;
• Respeita as diferenças;
• Quando coordena bem as atividades pedagógicas;
• Quando sabe organizar os horários.
Tema 2: Adolescência - foi pesquisado por: Daniele Lima, Angélica, Bruna Ezuele, Érica, Jéssica de Lima Oliveira, Jamile, Welen, Luiz Fernando, Bruna Melo.
As hipóteses foram: devido a aparência das pessoas, a sexualidade e a educação.
Tema 3: Educação Física - foi pesquisado por: Jhenniffer S. Barbosa, Keyse Dayane Ramos e Natália Mendes.
As hipóteses foram:
• Bom ensino;
• Faz bem para o corpo;
• Relaxa;
• Disciplina;
• Coordenação motora;
• Apreende vários esportes;
• Bom para saúde;
• Ótimos professores;
• Um esporte para a vida (voleibol, futebol, basquete, etc);
• Uma das melhores aulas.
Foi registrada a síntese de todos os levantamentos das hipóteses para resolver os problemas e/ou por que é considerado um ponto forte do Colégio Estadual Wolff Klabin, segundo entrevista dos alunos do 1º curso normal (manhã) turma A 1 e 2, com alunos, funcionários e professores do período da tarde do Ensino Fundamental, os quais passaremos a descrever:
• Segundo os professores:
o Mais oportunidades de viagem, atividades extra-classe;
o Colocar cortina para melhorar o ambiente de aprendizado;
o A disciplina dos alunos tem a ver com os professores, mais dinâmicas, resgate da família. Fazer palestras. Perceber a responsabilidade;
o O pai deve ser mais cobrado, envolver o Conselho Tutelar e psicólogo;
o O professor faltoso deve levar falta, organizar o horário antes das aulas;
o Contra-turno escolar, fazer um trabalho com os pais;
o Colocar ventiladores nas salas de aula.
• Segundo os alunos:
o Ordem, expulsar os alunos;
o Fazer mais banheiros, colocar papel higiênico;
o Verificar os alunos que fazem bagunça;
o Conversar com os pais e alunos, respeitar professores, advertência, expulsão, união dos alunos, mais funcionários;
o Não deixar os meninos de fora invadir o colégio;
o Professor ter domínio sobre a turma;
o O colégio ser mais organizado;
o Professores mais capacitados, aulas mais práticas;
o Colocar cortinas e ventiladores;
o Liberar a quadra;
o Resgate da família, pais se dedicarem mais aos problemas da escola;
o Mais limites, conversar com os pais;
o Todos cumprirem as regras;
o Colocar espelho nos banheiros dos alunos;
o Mais freqüência dos professores;
o Os fumantes deveriam ser expulsos, chamar o Conselho Tutelar;
o Relacionamento mais aberto com todos na escola.
o Conversando, castigo, os meninos criar vergonha, conversar com os pais.
o Alunos mais quietos, quadra, gincana.
o Deixar o aluno ter seu próprio estilo.
o Mudar de período.
o Vidros mais resistentes.
• Segundo os funcionários:
o Fazer tudo o que precisa antes da aula, mais rápido e prestar mais atenção.
o Mais participação e união.
o Mais compromisso dos professores com o trabalho.
o Melhor entendimento e mais comunicação.
PONTOS FORTES DA ESCOLA SEGUNDO OS ENTREVISTADOS
ALUNOS:
1. Alunos uniformizados.
2. As salas de aula.
3. Biblioteca.
4. Colegas e os amigos.
5. Colégio grande, com pouca violência.
6. Curso Normal.
7. Democrática, tem mais diálogo.
8. Diretora.
9. Diversidade de perfil.
10. Educação Física.
11. Ensino, escolha melhor.
12. Estrutura da escola.
13. Material.
14. Os (as) garotos (as) bonitos (as).
15. Povo unido.
16. Professores amigos ensinam bem, bem integrados, comprometidos.
17. Proximidade de casa.
18. Quadra coberta, quadras novas.
19. Recreio.
20. Relações entre professores e alunos.
PROFESSORES
1. Apesar de ser um grande colégio, o índice de violência é baixo.
2. Educação baseada em conceitos de Paulo Freire.
3. Equipe pedagógica.
4. Estrutura física.
5. Preocupação com a melhoria.
6. Qualidade do ensino.
FUNCIONÁRIOS
1. A direção.
2. Comprometimento dos funcionários.
3. Gosto do horário.
4. Localizado no centro.
5. Organização.
6. Os alunos.
Os alunos fizeram pesquisas e organizaram um texto em forma de micro-artigo, no laboratório de informática do colégio.
Micro-artigos sobre indisciplina - 1º A Integrado
Indisciplina
Neste trabalho escreveremos sobre a indisciplina no colégio, como está acontecendo e como solucionar, para melhoria dos alunos e professores, e para aumente o rendimento escolar do aluno.
Em questão, a disciplina, está sendo pouco utilizada em sala de aula, por alunos que não colocam em prática a educação recebida da família.
A indisciplina na escola tem sido uma preocupação crescente nos últimos anos entre os educadores. Uma das dificuldades do enfrentamento do problema disciplinar é que o educador não dispõe de uma concepção, de um método, de uma ferramenta eficiente.
Vemos por aí, muitos professores perplexos, angustiados e pensando até mesmo em desistir da profissão, pois além dos baixos salários, do desprestígio social, ainda “têm que agüentar desaforos e desrespeito dos alunos” em sala de aula, e que os mesmos “não querem nada com nada”.
“A visão hoje quase romanceada, da escola como lugar de florescimento das potencialidades humanas parece ter sido substituída, às vezes, pela imagem de um campo de pequenas batalhas civis; pequenas, mas o suficiente para incomodar.” (Aquino, 1996, p.40)
Hoje em dia, as escolas não podem abrir mão de sua responsabilidade quanto à disciplina que, realmente é um problema bastante complexo, pois envolve a formação e consciência do sujeito, de caráter e da cidadania.
Considerando a questão da organização do trabalho coletivo, em sala de aula, objetivando realizar a construção do conhecimento, podemos dizer que a disciplina que marcou a educação até os anos de 1980 deixou de ter sintonia com relação aos comportamentos dos tempos atuais, pois sabendo que cada época tem sua maneira própria de manifestar seus sintomas. O que muitos alunos de hoje fazem é desafiar os professores, provocá-los, considerando-se vitoriosos por conseguirem que estes não dêem adequadamente suas aulas. Se as regras são aplicadas, e a escola desculpa demais os alunos, argumenta excessivamente com eles sobre o regulamento, mas não exige seu cumprimento, esses alunos perdem as referências, os limites e a violência aumentam, como algo que se retro-alimenta.
O
que o conjunto da sociedade, especialmente o que os educadores desejam, é uma disciplina ativa e consciente, marcada pelo respeito, responsabilidade, construção do conhecimento, interação, participação, formação do caráter e da cidadania. E isto começa em casa, com os pais que têm que transmitir o saber e educar as crianças, pois são, os primeiros modelos.
Neste trabalho, concluímos que a indisciplina está aumentando cada ano que passa, e que às vezes o problema vem de casa. Os professores estão ficando perplexos, pois não tem o respeito dos alunos, e estão começando a desistir da profissão.
A sociedade deseja a disciplina ativa e consciente, marcada pelo respeito. E o respeito começa em casa, com os pais, que têm que ensinar a criança a respeitar o próximo.
REFERENCIAL
AQUINO, Júlio Groppa. Autoridade e Autonomia. São Paulo: Summus Editorial, 1999.
Luana, Rulyan, Letícia, Camila, Dayane, Ana Flávia e Bruna.
Indisciplina
“A disciplina não anula a personalidade no sentido orgânico, apenas limita o arbítrio e a impulsividade irresponsável, para não falar da pretensiosa vaidade de sobressair” (VASCONCELLOS, 1994, p. 70)
A indisciplina é algo causado pelo desinteresse dos alunos e ocorre em qualquer local da escola, principalmente na sala de aula.
Conversas paralelas, professor na sala de aula como se não tivesse ali, brincadeiras fora de hora, alunos que não estão preocupados com a escola; tudo isso leva a indisciplina na escola, perturbando muito o trabalho do educador. Mas se essa indisciplina for comparada com a social (fome, miséria, tráfico de drogas, etc) até que a indisciplina escolar não é tão grave...
A indisciplina é algo grave, que pode ser tratado com a colaboração dos pais, professores e alunos; sempre existiu e se apresenta nos alunos como uma forma de aparecer, de expressar alguma coisa que não concorda e tem aumentado muito nos últimos trinta anos.
A indisciplina pode ser corrigida de várias maneiras, algumas delas são:
• Por parte do professor: domínio de sala, diálogo (deixando o aluno falar, compartilhar suas idéias, já favorece muito).
No entanto, não dá para resolver tudo no coletivo. Há que se estar atento aos alunos mais frágeis, que escapam à coletividade.
• Por parte dos alunos: participação consciente e interativa, respeito.
• Por parte da família: não acobertar os erros dos filhos, estabelecer limites, acompanhar seus filhos na escola.
REFERENCIAL
VASCONCELLOS, Celso dos S. Disciplina. São Paulo: Libertad, 1994.
Tudo começou quando o homem primitivo sentiu a necessidade de lutar, fugir ou caçar para sobreviver, assim o homem, à luz da ciência, executa os seus movimentos corporais mais básicos e naturais desde que se colocou de pé (corre, salta, arremessa, etc).
Cada vez mais, os esportes vêm revolucionando as escolas do país. A busca pelo esporte é um incentivo aos nossos alunos e buscar o seu desenvolvimento através dos esportes é muito importante.
As atividades físicas auxiliam no desenvolvimento corporal e na redução dos riscos de futuras lesões, além de exercerem importantes efeitos psicossociais.
Educação Física é um termo usado para designar tanto o conjunto de atividades físicas não-competitivas e esportes com fins recreativos quanto a ciência que fundamenta a correta prática destas atividades, resultados de uma série de pesquisas e procedimentos estabelecidos.
Em muitos países do mundo ocidental, incluindo Brasil e Portugal, a Educação Física também é um componente curricular no Ensino Fundamental e Médio (ensino básico e secundário em Portugal), e destinada a transmissão e reelaboração das culturas corporais.
O que a educação física representa para os alunos :
1) Por que os alunos querem exercer a profissão de professor de Educação Física?
R= Porque alguns alunos já são atletas ou tem um incentivo do professor de Educação Física.
2) Por que é importante a Educação Física?
R= Para o desenvolvimento do aluno, para melhorar a saúde e também para ter uma profissão na vida. Todos perguntam se a Educação Física é uma disciplina. Sim, pois sem ela quem saberia jogar vôlei, futebol, basquete etc. e também cuidar melhor da saúde.
O despertar do interesse da criança pelo esporte acontece de primeira à quarta série, porque se ela tiver um bom preparo e dedicar-se aos esportes, vai ter um bom desempenho em qualquer esporte; pois criança assim, motivada, joga na rua, brinca com os colegas; e as outras crianças que jogam vídeo game, assistem TV e ficam a maior parte do tempo no computador, não terão o mesmo desempenho. Ao decorrer do tempo, os alunos vão percebendo que a Educação Física não é só um lazer e sim uma forma de exercitar o corpo e ter uma boa saúde ou até mesmo, no futuro, uma profissão.
“A educação física é a educação do homem por meio do desenvolvimento, é a parte do movimento, pois está em suas mais variadas representações e constitui um instrumento ou meio para educar, treinar e aperfeiçoar”.
O professor do século XXI é aquele que, além de competência, habilidade interpessoal, equilíbrio emocional, tem consciência de que mais importante do que o desenvolvimento cognitivo é o desenvolvimento humano e que o respeito às diferenças está acima de toda a pedagogia.
Na pesquisa realizada em nosso colégio foi considerado como um ponto forte, os bons professores.
Como ser um bom professor?
Iremos citar dez passos:
1º passo: Aprimorar o educando como pessoa humana.
2º passo: Preparar o educando para o exercício da cidadania.
3º passo: Construir uma escola democrática.
4º passo: Qualificar o educando para progredir no mundo do trabalho.
5º passo: Fortalecer a solidariedade humana.
6º passo: Fortalecer a tolerância recíproca.
7º passo: Zelar pela aprendizagem do aluno (Se o aluno fracassar, a escola também fracassou).
8º passo: Colaborar com a articulação da escola com a família.
9º passo: Participar ativamente da proposta pedagógica da escola.
10º passo: Respeitar as diferenças.
"Ser professor, não é ser mero repetidor de conteúdo, mas utilizá-lo para o crescimento não só intelectual do educando, mas levá-lo à reflexão dos valores da nossa sociedade, sempre considerando a ética, preparando-o para a sociedade que necessita de homens aptos a sempre aprender, e este professor percebe que a escola não é o fim, mas o início da aprendizagem”. Ser bom professor é ser “educado”. (SUELI MARTINS, professora do CEWK, 2007)
Resumindo, ser bom professor é ter domínio de conteúdo, pois tendo domínio de conteúdo você consegue dominar a sala, com isso não ocorre indisciplina.
“Por que só a paixão aguça o intelecto e colabora com a intuição mais clara.” (GRAMSCI, Apud Vasconcellos, 1998)
REFERENCIAL
VASCONCELLOS, Celso dos S. Resgate do professor como sujeito de transformação. São Paulo, Libertad, 1998.
CUNHA, Maria Isabel da. O bom professor e sua prática. Campinas, São Paulo, Papiros, 1994.
Allunos: Anabel Proença, Gustavo Miguel e Jéssica Haiduk
Diário de bordo da aplicação da Metodologia da Problematização do Ensino com a temática de gestão escolar.
18/04/2007 - Hoje iniciamos esta metodologia com os alunos do 1º ano integrado de Prática de Ensino do Curso de Formação de Professores.
Inciamos com uma breve apresentação de charges sobre a escola brasileira, apresentando e discutindo situações da escola tradicional, escola tecnicista e uma proposta de uma visão mais aberta da educação, com posturas críticas.
Incentivei os alunos a relacionarmos no quadro de giz os principais problemas, que eles observam da nossa escola, levantando as causas, através de hipóteses dos alunos junto com os problemas. Um dos alunos fez as anotações no caderno, a qual passaremos a descrever a seguir.
PROBLEMAS LEVANTANDOS PELOS ALUNOS DO 1º ENA(1)
Problemas
Hipóteses
Gazear aulas
Motivos: aulas chatas; professor que não sabe explicar; professor que não se relaciona bem com os alunos; professor que cobra muito e explica pouco; o aluno já conhece o discurso sobre gazear aula (então não se preocupa)
Falta atividade extra-classe na escola
Falta momentos para conversa entre alunos e professores; falta festas juninas, com gincanas, danças; momento coletivo com todos os alunos diariamente; projetos de atividades coletivas (com outras turmas), para leituras, tipo gincana da matemática, para desenvolver as relações interpressoais; viagens/acampamentos; premiação para turmas
Ficar comparando os alunos do Ensino Médio com Curso Normal
Deve-se falar direto com quem precisa ouvir
Após estas discussões com a turma, apresentamos a proposta de levantarmos a opinião de pessoas que estavam presentes na escola, sobre os problemas e pontos fortes que a escola possui. No coletivo chegamos a definir o seguinte critério para a pesquisa:
Cada grupo de alunos anotou em caderno a opinião de funcionários (F), professores (P) e alunos (A):
Problemas
Solução
Ponto forte
Por quê
Os alunos fizeram a pesquisa no período das 15h25min às 16h30min, incluindo o horário de recreio, onde puderam conversar com alunos do ensino fundamental e médio que estavam presentes na escola.
Passamos a fazer o relato completo dos problemas no quadro de giz, deixamos as soluções, pontos fortes e comentários sobre o por quê, para a próxima aula.
Os problemas levantados na pesquisa foram
F
Desrespeito dos alunos com funcionários
F
Os funcionário ficam dando palpite no trabalho dos colegas
F e A
Banheiros sujos
F e A
Falta ventiladores, interruptores na sala de aula
F e P
Indisciplina
F e P
Falta envolvimento da família com o aluno
P
Falta interesse dos alunos no estudo
P
Os alunos se atrasam para as aulas
P
Alunos brincam durante as aulas
P
Falta de professores
P
Falta organização pedagógica
P e A
Barulho na quadra
P
Salas numerosas
A
Desrespeito aos professores
A
Falta de liberdade no modo de se vestir
A
Falta segurança
A
Lanche pouco variado
A
Falta atividade extra-classe
A
Falta espelho nos banheiros
A
Falta educação dos funcionários com os alunos
A
Professores pegam no pé do aluno
A
Falta variar os recursos tecnológicas na sala de aula
A
Falta respeito entre alunos
A
Tem professor que não explica e/ou não dá conteúdo na aula
A
Educação fraca
A
Briga e bagunça na escola
Depois de listados os problemas, os alunos escolheram qual seria o problema que gostariam de pesquisar, ou seja, conhecer melhor o tema, compreender por que isto ocorre em nossa escola. O tema mais votado foi indisciplina, seguido de falta de interessse dos alunos no estudo, falta de envolvimento da família com o aluno e falta de organização pedagógica. O grupo optou por estudar a indisciplina, pois ela envolve os demais temas.
Foi muito interessante, logo após as discussões e escolha do tema mais relevante, a aluna Amanda concluiu que este tema se relaciona com os demais, influenciando o comportamento dos alunos e dos professores.
Toda a atividade foi gravada, para facilitar a sua descrição do artigo que escreveremos posteriormente.
19/04/2007 - Inciamos as atividades de Metdologia da Problematização da Praxis com a turma 1 ENA(2).
Os procedimentos para fundamentação teórica/discussões sobre os modelos básicos de escola foram discutidos com a turma. A seguir estudamos o roteiro da metodologia. Juntos com a turma discutimos sobre a nossa escola: como ela é? o que há de bom? o que precisa melhorar? o que é um problema científico (esclarecendo que o problema pode ser positivo ou negativo). Propomos a pesquisa de opinião com os demais alunos para levantar os seguintes aspectos:
Pontos fracos
Sugestão para melhoria
Pontos fortes
por quê considera bom
A turma já estava entusiasmada, pois haviam conversado com os alunos de ontem, estavam ansiosos para iniciar a pesquisa, mas diante dos problemas levantados pela turma anterior, sugerimos que este grupo se focalizasse nos pontos fortes da escola. O grupo considerou a idéia ótima.
Saíram para pesquisa as 15h30min e ficaram até 16h30min, sendo possível acompanhá-los, percebi que esta turma estava mais animada, trouxeram mais resultados, e realmente se empenharam em anotar as respostas.
Passamos o resultado de todos os pontos fortes levantados no quadro de giz, discutimos para chegarmos a um consenso sobre o tema que teria teorizado dentro da proposta. O grupo não quiz abrir mão da escolha, desta forma acabamos ficando com três temas:
Os professores foram considerados pontos fortes
Muitos alunos consideram que os garotos e garotas da escola são o ponto forte do CEWK (decimos estudar este aspecto da adolescência)
A educação física é muito valorizada.
Depois de formado os grupos, cada um discutiu na equipe os
PONTOS CHAVES
Identificá-los no problema:
Quais as suas possíveis causas
Quais seus possíveis determinantes contextuais
Quais seus componentes e seus desdobramentos
Ficando desta forma o levantamento dos alunos:
Tema: Professor
Grupo de pesquisa:
Anabel de Souza Proença
Dayane Cordeiro
Gustavo Miguel
Jéssica Haiduk
Hipóteses (pontos chaves):
Domínio da matéria de trabalho
Respeito aos alunos
Dar o exemplo
Respeito aos limites dos alunos
Quando ensina bem.
Relação boa com os alunos fora da sala de aula
Respeita as diferenças
Quando coordena bem as atividades pedagógicas
Quando sabe organizar os horários
Tema: Adolescência
Grupo:
Daniele Lima
Angélica
Bruna Ezuele
Érica
Jéssica de Lima Oliveira
Jamile
Welen
Luiz Fernando
Bruna Melo
Hipóteses (pontos chaves):
A aparência das pessoas
A sexualidade e a educação
Tema: Educação Física
Grupo:
Jhenniffer S. Barbosa
Keyse Dayane Ramos
Natalia Mendes
Hipóteses (pontos chaves):
Bom ensino
Faz bem para o corpo
Relaxa
Disciplina
Coordenação motora
Apreende vários esportes
Bom para saúde
Ótimos professores
Um esporte para a vida (voleibol, futebol, basquete, etc.)
Uma das melhores aulas.
PONTOS FORTES DA ESCOLA SEGUNDO OS ENTREVISTADOS
ALUNOS:
1.Alunos uniformizados
2.As salas de aula
3.Biblioteca
4.Colegas, os amigos
5.Colégio grande, com pouca violência
6.Curso Normal
7.Democrática, tem mais diálogo
8.Diretora
9.Diversidade de perfil
10.Educação Física
11.Ensino, escolha melhor
12.Estrutura da escola
13.Material
14.Os garotos(as) bonitos(as)
15.Povo unido
16.Professores amigos, ensinam bem, bem integrados, comprometidos
17.Proximidade de casa
18.Quadra coberta, quadras novas
19.Recreio
20.Relações entre professores e alunos
PROFESSORES
1.Apesar de ser um grande colégio o índice de violência é baixo.
2.Educação baseada em conceitos de Paulo Freire
3.Equipe pedagógica
4.Estrutura física
5.Preocupação com a melhoria
6.Qualidade do ensino.
FUNCIONÁRIOS
1.A direção
2.Comprometimento dos funcionários
3.Gosto do horário
4.Localizado no centro
5.Organização
6.Os alunos
LEVANTAMENTO GERAL DOS PROBLEMAS DO COLÉGIO ESTADUAL WOLFF KLABIN, SEGUNDO ENTREVISTA DOS ALUNOS DO 1º CURSO NORMAL (MANHÃ) TURMA A, COM ALUNOS, FUNCIONÁRIOS E PROFESSORES DO PERÍODO DA TARDE DO ENSINO FUNDAMENTAL.
Problemas
Solução**
PROFESSORES
Alunos acham que a escola é brinquedo, não só
com os professores, mas pela participação dos pais.
Alunos na sala de aula na hora certa
Mais oportunidades de viagem, atividades
extra-classe
Barulho na quadra
Brigas na sala de aula
Simplesmente tentar evitar isso
Falta cortinas nas salas de aula
Colocar cortina para melhorar o aprendizado
Falta de interesse dos alunos 6
A disciplina dos alunos tem a ver com os
professores, mais dinâmicas, resgate da família.
Fazer palestras. Perceber a responsabilidade.
Falta de participação dos pais 2
Os pais serem mais cobrados, envolver o
Conselho Tutelar, Psicólogos
Falta professor 2
O professor faltoso deve levar falta, organizar o
horário antes das aulas.
Indisciplina 5
Contra-turno escolar, fazer um trabalho com os
pais 2
Maturidade, organização e comprometimento da
equipe pedagógica
Não tem ventiladores nas salas de aula
Colocar ventiladores
Salas muito numerosas
Cabe a cada um
ALUNOS
A coordenadora
mudar
A diretora
mudar
Aluno gazea aulas, porque a aula é chata, o
professor não sabe explicar, o professor não se
relaciona bem com os alunos, cobra muito.
O aluno já conhece o discurso sobre quem
gazea aula.
Atraso dos alunos
Bagunça 3
Ordem, expulsar os alunos
Banheiro sujo 3
Fazer mais banheiros, colocar papel higiênico
Barulho na quadra
ver os alunos que fazem bagunça
Brigas 9
Conversando 2, os pais educando, repeitar
professores, advertência, expulsão, união dos
alunos, ter mais funcionários. Não deixar os
meninos de fora invadir o colégio.
Conversas paralelas
Professor dominar a turma
Desorganização
Serem mais organizados
Desrespeito aos professores
Educação fraca
Professores mais capacitados, aulas mais práticas
Falta atividades extra-classe, mais momentos
para conversas entre alunos e entre professores,
faltam festas, um momento coletivo diariamente
e projetos diferentes
Falta cortinas e ventiladores
Colocar cortinas e ventiladores
Falta de atividade para alunos sem aulas
Liberar a quadra
Falta de interesse dos alunos
Resgate da família, pais se dedicarem mais aos
problemas da escola.
Falta de responsabilidade
Mais limites, conversar com os pais
Falta divulgação do horário de aula
Todos cumprirem as regras
Falta educação dos funcionários com os alunos
Falta espelho no banheiro
Colocar espelho
Falta professor
Mais frequência dos professores
Falta variar os recursos tecnológicos
Falta variedade no lanche
Fumantes 2
Serem expulsos, chamar o Conselho Tutelar
Intertrerimento com todos
relacionamento mais aberto
Má educação 4
Conversando, castigo, os meninos criar vergonha,
conversar com os pais.
Não tem lanche para vender a tarde
Os professores
Pegam muito no pé
Alunos mais quietos, quadra, gincana
Professor que não explica e/ou não dá conteúdos
Professores ficam comparando alunos do Curso
Normal com os do Curso Médio.
Professores que se incomodam com o estilo de
vestir dos alunos
Proibição do uso de maquiagem
Deixar o aluno ter seu próprio estilo
Respeito entre os alunos
Segurança
Vândalos
Mudar de período
Vidros quebrados
Vidros resistentes
FUNCIONÁRIOS
Atraso dos alunos na sala de aula
Fazer tudo o que faz antes da aula, mais rápido
e prestarem mais atenção
Ausência dos pais 2
Mais participação e união
Banheiros sujos
Desrespeito dos alunos com funcionários
Falta de colaboração dos alunos com os funcionários
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