AVALIAÇÃO EM ESTAGIO SUPERVISIONADO
CAMINHOS E DESAFIOS
Angelina Kachak- Campo Largo
Arlete M. Didonet- Rio Negro
Laís Silveira de Moraes- Araucária
Neusa Osti- NRE AM SUL
Sandra Falat- Fazenda Rio Grande
Resumo:
A avaliação é parte integrante do processo ensino-aprendizagem e ganhou na atualidade espaço muito amplo nos processos de ensino. Requer preparo técnico e grande capacidade de observação dos profissionais envolvidos. Segundo Perrenoud (1999), a avaliação da aprendizagem, no novo paradigma, é processo mediador na construção do currículo e se encontra intimamente relacionada à gestão da aprendizagem dos alunos. Na avaliação de estágio supervisionado, o professor, que trabalha numa dinâmica interativa, tem noção, ao longo de todo ano, da participação e produtividades de cada aluno.
Palavras-chave:
Estágio Supervisionado = Teoria & Pratica & Avaliação
Introdução
O educador deve exercer um trabalho específico de atuação pedagógica em um amplo leque de práticas educativas, considerando-se, entretanto que sua formação deve privilegiar a competência pedagógica, a formação do educador voltada para o contexto específico da instituição escolar, entendida esta como um centro irradiador de cultura que necessita estar em permanente intercâmbio com outras agências educativas não-escolares como as formas de intervenção educativa urbana, os meio de comunicação, os movimentos sociais, as instituições culturais e de lazer, os centros de difusão de informação de variada natureza, de modo a assumir sua função reoordenadora e reestruturadora da cultura engendrada naqueles vários espaços sociais.
A escola, assim considerada, constitui-se num “espaço de síntese”, de aglutinação e integração entre as diferentes agências educativas e a as práticas de aprendizagem escolar. A escola, hoje, necessita ser um “lócus” de construção e produção de cultura em constante intercâmbio com o meio social envolvente, constituindo-se em contexto de aprendizagem e de reflexão permanentes, exigindo, portanto um profissional educador dirigente com um novo perfil.
Libâneo (1999, p.33) quem quer que deseje continuar a ser chamado de “educador”, não pode ignorar a importância hoje dos processos educativos extra-escolares, especialmente os comunicacionais, nos quais está implicada de corpo inteiro a pedagogia.
O estágio entra no currículo do Curso Formação de Docente tanto como facilitador de uma ação competente, quanto como formador de um profissional agente de mudança e inovador, preparado para atuar na sociedade pedagógica em que vivemos, de forma comprometida, crítica e reflexiva. Nesse sentido, ao lado das disciplinas teóricas do currículo, o estágio se impõe como um instrumento para conhecimento da realidade escolar, seus provocação e problemas, permitindo ao futuro professor a possibilidade de ver a escola na sua prática cotidiana e espaços sociais onde se faz necessário o processo ensino-aprendizagem.
“Então, educamos e somos educados. Ao compartilharmos, no dia-a-dia do ensinar e do aprender, idéias, percepções, sentimentos, gestos, atitudes e modos de ação, sempre ressignificados e reelaborados em cada um, vamos internalizando conhecimentos, habilidades, experiências, valores, rumo a um agir crítico-reflexivo, autônomo, criativo e eficaz, solidário. Tudo em nome do direito à vida e à dignidade de todo o ser humano, do reconhecimento das subjetividades, das identidades culturais, da riqueza de uma vida em comum, da justiça e da igualdade social. Talvez possa ser esse um dos modos de fazer EDUCAÇÃO. José Carlos Libâneo
A questão da avaliação é amplamente discutida e abordada em todos os segmentos externos e internos da escola. Nos últimos anos, as escolas buscam constantemente redefinir e ressignificar seu papel e a sua função social. Elas estão elaborando o seu projeto educativo para nortear as praticas educativa e, conseqüentemente a avaliação.
A escola que queremos hoje, dentro da pedagogia histórico-critica com a transformação e não mais com a conservação. Repensar o processo da sala de aula, compete a nós educadores e formadores de professores, a refletir se realmente estamos avaliando de acordo com os parâmetros adotados por esse novo paradigma da educação, onde o professor é o mediador entre o sujeito e o objeto do conhecimento, trabalhando de forma que, a partir dos conteúdos, dos conhecimentos apropriados pelos alunos, eles possam compreender a realidade, atuar na sociedade em que vivem e transformá-la.
Na disciplina Curricular de Estagio Supervisionado no Colégio Estadual Desembargador Jorge Andriguetto- Fazenda Rio Grande tem por objetivo:
proporcionar aos futuros educadores uma valorização profissional, na perspectiva do seu aperfeiçoamento;
conscientizar o aluno da importância da proposta do estágio, de suas normas, das vantagens da experiência proporcionada pela prática;
- permitir um conhecimento “in loco” da realidade escolar;
- possibilitar o estabelecimento de relações entre teoria e prática.
Entendemos que o maior problema na avaliação do estágio, seja o registro e não no processo, pois os professores e os alunos cumprem esse processo, de alguma forma.
A avaliação deve encarar-se como reflexão, análise e discussão da atividade individual e de grupo, no sentido de superar erros cometidos, vencer dificuldades e ajustar o ritmo de trabalho.
Para sua integração na vida escolar, devem:
- os estagiários participar na organização das atividades do ano escolar, desde seu inicio.
- cada estagiário deve organizar uma pasta de estágio, no qual incluirá os seus trabalhos escritos e o registro das atividades que for desenvolvendo ao longo do estágio.
- consideram-se trabalhos escritos todos os que forem elaborados individualmente e/ ou coletivamente tendo por referencia temas pedagógico-didático, inscritos em toda amplitude do processo teórico – pratico, através de aulas, seminários, visitas de campo á instituições de ensino. Todo esse processo é acompanhado através de um relatório escrito.
Bibliografia:
ALARCÃO,Isabel. Escola Reflexiva e Nova Racionalidade.Porto Alegre: Artmed, 2001.
LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e Pedagogos, para quê? São Paulo: Cortez, 1999)
___ Organização e Gestão da Escola-Teoria e Prática. Goiânia: Alternativa, 2001.
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